domingo, 17 de maio de 2009

A Indignação

A propósito dos incidentes do primeiro de maio de 2009 no Martim Moniz publicado no blogue "Rádio Moscovo".
«Vital Moreira: a construção de uma vítima
As direcções dos jornais, rádios e televisões pertencem a uma classe abjecta. Seguem sem questionar os alinhamentos da classe que representam. E importa sempre manipular e construir a realidade que sirva os seus interesses. Nos incidentes que ontem se verificaram no 1º de Maio, o próprio Vital Moreira deu a chave para a compreensão dos acontecimentos: "Eu já vi esta cena há muitos anos na Marinha Grande".

A 14 de Janeiro de 1986, Mário Soares decidiu visitar aquela cidade operária. E foi muito mal recebido pelos populares que se lhe apareceram à frente. Contudo, é comummente aceite que isso não só o colocou no papel de vítima mas também que o impulsionou para uma vitória nas urnas. O Partido Socialista quis repetir a situação. Num momento em que aparece profundamente descredibilizado perante o povo português, nada melhor que construir uma vítima daqueles que são os mais perigosos.

Senão vejamos, há dias que empresários alertavam para a necessidade da existência de um Bloco Central. Um deles, o presidente da CIP, admitia que todos os partidos eram aceitáveis menos o Partido Comunista Português. E existe, entre a burguesia portuguesa, um medo não só do que a crise possa trazer no que diz respeito a contestação social - incluindo, a violência de outros países - mas também de uma alternativa radical que, naturalmente, seria encabeçada pelo PCP.

Portanto, o PS e Vital Moreira procuraram a confrontação. Depois de anos e anos, a lançar as piores acusações contra a CGTP, quem se lembra de tentar cumprimentar a direcção da central sindical numa delegação do partido do governo quando nem sequer se é membro do PS e, pior do que isso, se é o primeiro candidato ao Parlamento Europeu? Para além disso, Vital Moreira sabia que a sua condições de traidor das ideias comunistas lhe iam trazer dissabores numa manifestação com dezenas de milhares de trabalhadores filiados no PCP.

Curiosamente, isto sucede no mesmo dia em que há uma falsa ameaça de bomba ao desfile da UGT que encerrou com o discurso de João Proença numa postura igualmente vitimista sobre esse acontecimento. E sucede poucos dias depois de que membros da UGT arrancaram e roubaram pendões da CDU tendo sido parte deles identificados pela polícia depois de terem sido apanhados por militantes comunistas. Um deles que entretanto fugiu agrediu uma militante do PCP.

Mas não foi por nenhuma destas perspectivas que a comunicação social viu os acontecimentos do 1º de Maio. Vital Moreira chegou ao cúmulo de ilibar a CGTP e acusar o PCP de ser o responsável pelas supostas agressões que sofreu. Contudo, quem esteve lá - menos os jornalistas que são míopes - viu gente com ou sem filiação partidária a insultar Vital Moreira. Havia igualmente gente do Bloco de Esquerda. As próprias imagens da televisão mostram-no. O problema é que tudo estava já dirigido para um ataque brutal ao PCP.

Entre a fraseologia mais modesta dos jornalistas que lá estiveram recordo uma que demonstra bem o trabalho da comunicação social. Paulo Moura, repórter do Público, escreve: «"Parem! Não Façam isso! A democracia é de todos", brada Ana Rosa para os manifestantes que já estão em cima do socialista, numa embriaguês de violência. Todos se voltam, subitamente domados pela veemência da rapariga. Ana Rosa consegue chegar a Vital Moreira. "Quero pedir desculpa"».

Esta "embriaguês de violência" de que fala Paulo Moura na sua reportagem que intitulou de "Vital Moreira foi insultado e as palavras de ordem foram esquecidas" não é mais do que o reflexo de embriaguês de violência dos próprios jornalistas. Ninguém esteve em cima do "socialista" e não houve nada para além da violência verbal, arma usada por Vital muitas vezes contra a CGTP. E bem depois dos insultos a Vital Moreira a manifestação decorreu com toda a normalidade. Ninguém deixou de gritar, de protestar e de cantar. Na verdade, Vital Moreira foi insultado mas isso nada é na vida de pessoas que vivem com a corda ao pescoço. Pouco depois já ninguém se lembrava disso. Só das contas para pagar, do desemprego e das péssimas condições de vida. Infelizmente, isto não se soube porque a realidade é construída pelos porta-vozes dos que todos conhecemos.»

terça-feira, 12 de maio de 2009

Agressão na República Checa

O primeiro-ministro checo agride cobardemente o ministro da saúde. Esta gente mais parece um bando de mafiosos. E somos nós governados por eles, vejam o vídeo abaixo que retrata esta cena.


sábado, 2 de maio de 2009

Vídeo do Herman


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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Caso BPN/SLN vs. Dias Loureiro

Podia-se chamar as ligações perigosas entre o mundo da política e dos negócios em Portugal.
BPN-SLN vs Dias Loureiro
Teste

sábado, 13 de dezembro de 2008

Fidel sobre Obama

Visão de Fidel Castro sobre a candidatura de Obama.
Fidel sobre Obama
A ler...